MODE

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Sinto-me desalinhado. Não sei bem porquê? Do charco empastado saiu perfumado e voltou a fazer imundície. A minha vida é uma mentira, o Universo é uma mentira … não sei em quem e em que acreditar. Uma coisa é certa: tenho de acreditar nos parâmetros de regularidade e coerência para não ser alvo de psicanálise. Já foram muitas tentativas de deixar a sensibilidade orientar a minha felicidade, estou cada vez mais racional. Acho que me estou a converter num “monstro” que não sou. Sempre que falava com alguém preocupava-me no que essa pessoa poderia estar a pensar de mim. Na verdade comprometia-me com coisas fúteis. Hoje, já tudo fica por uma esfoladura, apenas as da artéria Aorta é que me fazem cogitar.

Tive o prazer de conversar contigo, tive o prazer de saber coisas sobre ti, tive o prazer de te dar um pontapé ou um encontrão como sinal de aproximação, tive o prazer de trocar olhares, tive o prazer de me divertir e ri-me á brava, depois tive o prazer de te beijar e de te abraçar, posteriormente o prazer de sorrir e ter esperança em nós, passados dias tive o prazer de saber que me traíste ou magoaste e pouco depois o prazer de sofrer e chorar. Só agora é que tive o prazer de te conhecer e medo de te perder. Tive o difícil prazer de te perdoar. Tudo foi em vão, porque nunca iria ter confiança em ti, insegurança... Hoje tenho recordações mas tive o prazer de te apagar e de ganhar certa paz. Não voltes a entrar, se sabes que vais fazer sujidade. Limpa ou desembravece a tua alma…

Gostava de ter 98% de independência. Não depender de nada nem ninguém, viver apenas com as pessoas que me interessam. Para lá caminho…
Hoje o Speculum é vermelho pardo, que aguarda confiante por nova conformação :) 


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