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segunda-feira, 18 de junho de 2012

* * * Entre Mim e o Mundo...


Entre mim e o mundo percorrem extensas e temíveis distâncias. Já virei declives a metade da humanidade e enfrentei outra metade. Todos os dias rejo-me por essa lei, a lei da perseguição. Afinal de conta, andamos todos uns atrás dos outros, a “comer-nos” como diz “Padre António Vieira”. Os únicos sentimentos que conseguem pirraçar este “abocanhar” constante é uma pura amizade e um intenso amor.
Já passaram alguns dias e reparo como é interessante ouvir estas palavras duras, numa conversa formal, de uma pessoa: “És um triste!”. No momento entrei dentro de mim, pensei e voltei a catar se os meus ouvidos estariam deturpados. Foram belas palavras que a minha inocência admirou e compreendeu, como: “Eu sou reservado, tenho uma felicidade própria que domo todos os dias.” Triste triste é não saber o que é estar triste e ter todos os dias um queijo e um fiambre ao pequeno-almoço, esquecendo a diferença entre o bem e o mal. Guardei a resposta para mim, fui para casa e virei um declive acentuado. Tenho aprendido a dar tantos declives nesta vida, mas não quero ficar desumano como “eles” todos. Quero continuar a chorar e sofrer, mesmo por razão alguma.
Quero experimentar o tempo com o meu amor, com os meus verdadeiros amigos, com a minha mãe, o meu pai, a minha irmã e a minha Fifi.

Percorrer ruas intrépidas com eles e pisar riscos brancos e pretos…

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